mudo, miúdo, mundo minúsculo
Eu, egoísta, transbordei para dentro de mim
preso à escuridão do meu umbigo sujo
Sofri as dores de ver-me amarrado a mim mesmo
Foi a espiar a luz, que horizontalmente me esparramei
Uma fresta se abre, respiro ar puro
Vejo luz do outro lado, ouço vozes a chamar
Quero experimentar essa liberdade
ser declamado em praça pública
Quero ser levado pelo vento
quero ser grafado em novos papéis
Quero fazer parte de um livro
quero ter um nome
Ser o motivo de uma dança
crescer junto a uma nota musical
embalado em ondas sonoras
estar junto ao corpo que balança
Eu, poema que sou
poema conjunto:
Cauê e Rosana
Cauê e Rosana
Olha que bonito, o poema já sabe se expressar sozinho!
ResponderExcluireste poema está genuinamente delicado.
ResponderExcluir(reparem que usei um advérbio para um adjetivo! isso dá uma força extremamente dramática ao que disse!)