Giros pelo mundo
cabeça fora do lugar
giro, giro, giro
até cair de joelhos e vomitar
O mundo é ideal
enquanto giro,
tudo faz sentido
até parar de girar
Chão vira céu
Céu vira outro lugar
Inalcançável,
Embora nos pés
Gravitam o vestido,
os cabelos
Orbitam os olhos,
as mãos
Sangue na ponta dos dedos
Gigantes
Tornozelo em êxtase
Alavanca da maquinaria
Por que gritar?
Som da voz no giro
Por que calar?
Silêncio de tudo no movimento
Por que postar essa "poesia" (e é?)?
Por compartilhar sensações de infância que perpetuam no tempo.
quarta-feira, 31 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
seca temporária
folhas jazem mortas no chão
decompõem-se
retornam à natureza
as raízes estão fincadas no solo
seguras, precisas,
a árvore não teme o arrancar
o vento não a ameaça
o tempo amadurece
estações a enriquecem
as mudanças são bem-vindas
os planos para o futuro
os frutos do amanhã
foto: Rosana Seager
domingo, 7 de março de 2010
esboço de um vermelho
é vermelho
o pisar na terra descalço de intenção
é vermelho
o gole do café quente atrás da cortina
é vermelho
o deitar do corpo na grama úmida
é vermelho
o aguardar do amanhecer no horizonte
é vermelho
o toque do tecido velho, puído de lembrança
é vermelho
o tato gélido da pedra no peito nu
é vermelho
o poder ver e em instantes perder
é vermelho
o espraiar-se no jardim em solidão
é vermelho
tudo que passou, tudo que passa
é vermelho
o saber das coisas e o medo do esquecimento
é vermelha
a estagnação do tempo preso no corpo mutável
o pisar na terra descalço de intenção
é vermelho
o gole do café quente atrás da cortina
é vermelho
o deitar do corpo na grama úmida
é vermelho
o aguardar do amanhecer no horizonte
é vermelho
o toque do tecido velho, puído de lembrança
é vermelho
o tato gélido da pedra no peito nu
é vermelho
o poder ver e em instantes perder
é vermelho
o espraiar-se no jardim em solidão
é vermelho
tudo que passou, tudo que passa
é vermelho
o saber das coisas e o medo do esquecimento
é vermelha
a estagnação do tempo preso no corpo mutável
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