Alguém bateu na porta, mas não esperou resposta.
Nas horas quietas e vazias, cresce, preenche todo o espaço.
São sussuros insconscientes, um grito seco no silêncio.
É tristeza repentina, é frieza matutina.
Diferença, inquietude, dedos tortos, boca fina.
Olhos perdidos, procuram superfície.
Onde a saída, onde a vontade transbordante?
Fechando-se a mente, puxando uma corda.
Lembrando-se da guarda, que nunca abandona sua cria.
São lanternas à meia-noite, que iluminam o quarto.
Os olhos acendem-se ao fecharem-se em prece.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Ausente
Viver o agora
Sem ansiar o amanhã
Não é não sonhar
É ser sereno
Fazer planos para hoje
E acalmar a semana que vem
Não é ser preguiçoso
É não ser ansioso
Saborear cada momento
Usar lente de aumento
Não é ignorar o redor
É focar-se em precisão
O amanhã parece tentador
Mas só vem depois de hoje
Não tem como pular
São lacunas a serem preenchidas
Foi-se o tempo das cartas
O agora já vira segundos atrás
E um bilhete pode não ser lido
Devorado pela fome do mais
Esperamos sempre por respostas
Acostumamo-nos com o instantâneo
Mas não observamos a corrida do tempo
Não vivemos presente
Ausência de presença
Ausência de paciência
Ausência de intensidade
Ausência do viver.
Sem ansiar o amanhã
Não é não sonhar
É ser sereno
Fazer planos para hoje
E acalmar a semana que vem
Não é ser preguiçoso
É não ser ansioso
Saborear cada momento
Usar lente de aumento
Não é ignorar o redor
É focar-se em precisão
O amanhã parece tentador
Mas só vem depois de hoje
Não tem como pular
São lacunas a serem preenchidas
Foi-se o tempo das cartas
O agora já vira segundos atrás
E um bilhete pode não ser lido
Devorado pela fome do mais
Esperamos sempre por respostas
Acostumamo-nos com o instantâneo
Mas não observamos a corrida do tempo
Não vivemos presente
Ausência de presença
Ausência de paciência
Ausência de intensidade
Ausência do viver.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Espiral
quando tudo estava inerte
quando tudo parecia fundir
era tempo de mudança
de um momento pra refletir
pensar nas coisas fixas
pensar em tudo estático
são acomodações vazias
são equilíbrios plásticos
acostuma-se a idéia
em permanecer-se em si mesma
em não ser reinventada
em seguir-se de um ponto
que ponto será esse?
será que é varrido com as enchentes?
será que se recria reticente?
ou dorme de repente?
se esquece do vazio
que ansia por encher-se
procura cômodos quentes
procura um nome a pertencer
são anônimas as contagens
regressivas para o instante
que será que vem vindo?
será grande ou pequeno?
será agora o ocorrido?
será preparo da mudança?
será um risco no vazio?
será pintura em tela fina?
aquarela ou tinta guache
cera ou pastel
numa cortina de seda
ou no estofado cor de mel
entranhadas nas costuras
são lembranças misturadas
repartidas nas almofadas
afundadas no colchão
encarar diferentes épocas
preparar-se para o porvir
ter certeza e segurança
de que o que virá: será
quando tudo parecia fundir
era tempo de mudança
de um momento pra refletir
pensar nas coisas fixas
pensar em tudo estático
são acomodações vazias
são equilíbrios plásticos
acostuma-se a idéia
em permanecer-se em si mesma
em não ser reinventada
em seguir-se de um ponto
que ponto será esse?
será que é varrido com as enchentes?
será que se recria reticente?
ou dorme de repente?
se esquece do vazio
que ansia por encher-se
procura cômodos quentes
procura um nome a pertencer
são anônimas as contagens
regressivas para o instante
que será que vem vindo?
será grande ou pequeno?
será agora o ocorrido?
será preparo da mudança?
será um risco no vazio?
será pintura em tela fina?
aquarela ou tinta guache
cera ou pastel
numa cortina de seda
ou no estofado cor de mel
entranhadas nas costuras
são lembranças misturadas
repartidas nas almofadas
afundadas no colchão
encarar diferentes épocas
preparar-se para o porvir
ter certeza e segurança
de que o que virá: será
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