Um furacão passou pela estrada
espalhou sementes recém semeadas
deslocou árvores já enraizadas
transportou mentes acomodadas
Peguei carona nesta corrente de ar
e segui caminho diferente
inicio jornada pertinente
é a gênese de uma nova semente
Colher de chá
quinta-feira, 28 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
sem sinal
um passo e meia volta
dois passos e um pra trás
indo e vindo
volta, revolta
estagnação
o que muda na curva?
será o retorno?
próxima a direita,
tempo indeterminado
abre-se o guarda-chuva
guarda-se do tempo corrido
do que se esvai nas horas a fio
no fio que tece o vazio
olha quem vem lá!
é o destino vadio
ergue-se no alto
atrás dos montes não se vê
um caminho incerto
olhos lince
ouvidos mudos
boca surda
dois passos e um pra trás
indo e vindo
volta, revolta
estagnação
o que muda na curva?
será o retorno?
próxima a direita,
tempo indeterminado
abre-se o guarda-chuva
guarda-se do tempo corrido
do que se esvai nas horas a fio
no fio que tece o vazio
olha quem vem lá!
é o destino vadio
ergue-se no alto
atrás dos montes não se vê
um caminho incerto
olhos lince
ouvidos mudos
boca surda
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Ora pois...
Enquanto eu procurava um giz
eis que me veio uma idéia:
Colorir com a ponta do nariz
um arco imenso no ar
O movimento vinha
e não queria nunca parar
balançava, balançava
fazia som com o chacolhar
Escorregava de sopetão
e voltava a levantar
batia as asas, batia as asas
querendo sempre voar
De longe, quase ao lado
era o sapateado a pronunciar
pegadas e mais pegadas
mostravam o caminho do brincar
Memórias de uma ciranda
cantigas de ninar
qual era aquela música?
escorregaram as notas a solfejar
De menina, virou moça
um charme só de se ver
Quando a música acaba
já é tarde, é hora de crescer
Ouve-se de longe o chamado
é baixinho, é presente
Vem de fora, vem de dentro
Vem de um tempo de repente
Tempo que se inventa
tempo que se recorda
tempo que representa
tempo que faz agora
Sempre aos pequenos passos
eis que me veio uma idéia:
Colorir com a ponta do nariz
um arco imenso no ar
O movimento vinha
e não queria nunca parar
balançava, balançava
fazia som com o chacolhar
Escorregava de sopetão
e voltava a levantar
batia as asas, batia as asas
querendo sempre voar
De longe, quase ao lado
era o sapateado a pronunciar
pegadas e mais pegadas
mostravam o caminho do brincar
Memórias de uma ciranda
cantigas de ninar
qual era aquela música?
escorregaram as notas a solfejar
De menina, virou moça
um charme só de se ver
Quando a música acaba
já é tarde, é hora de crescer
Ouve-se de longe o chamado
é baixinho, é presente
Vem de fora, vem de dentro
Vem de um tempo de repente
Tempo que se inventa
tempo que se recorda
tempo que representa
tempo que faz agora
Sempre aos pequenos passos
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
por caminho familiar
Estou voando.
Vejo a cidade pequenina,
linhas tortas, pequenas formigas
a se moverem nervosamente
Ouço o som do silêncio
cortante e macio do vento,
que passa por meus ouvidos
e balança os cabeços atrás
A mão sem forma específica
deixa-se levar,
assim como os pés,
que balançam em movimentos esparçados
Fecho os olhos,
mas posso ver tudo.
As imagens preenchem
o campo visual das pálpebras pesadas
Sinto-me repleta de ar,
de histórias da vida
que foram contadas
e largadas ao vento
Ouço o som do silêncio,
dos cânticos elevados ao céu,
das notas suspensas de um acorde
não interrompido de um piano
Ouço o som do silêncio
ecoado no espaço
das palavras não ditas,
das memórias não ocorridas
São fantasias, invenções.
São gotas de chuva,
que secam a imaginação,
que me fazem plainar mais baixo
Pousando em campos verdes,
colhendo flores brancas,
jogando sementes frágeis,
fechando o velho portão de madeira.
O caminho de volta é longo,
mas num piscar de olhos
e num suspiro de espanto
cá estou de volta
Vejo a cidade pequenina,
linhas tortas, pequenas formigas
a se moverem nervosamente
Ouço o som do silêncio
cortante e macio do vento,
que passa por meus ouvidos
e balança os cabeços atrás
A mão sem forma específica
deixa-se levar,
assim como os pés,
que balançam em movimentos esparçados
Fecho os olhos,
mas posso ver tudo.
As imagens preenchem
o campo visual das pálpebras pesadas
Sinto-me repleta de ar,
de histórias da vida
que foram contadas
e largadas ao vento
Ouço o som do silêncio,
dos cânticos elevados ao céu,
das notas suspensas de um acorde
não interrompido de um piano
Ouço o som do silêncio
ecoado no espaço
das palavras não ditas,
das memórias não ocorridas
São fantasias, invenções.
São gotas de chuva,
que secam a imaginação,
que me fazem plainar mais baixo
Pousando em campos verdes,
colhendo flores brancas,
jogando sementes frágeis,
fechando o velho portão de madeira.
O caminho de volta é longo,
mas num piscar de olhos
e num suspiro de espanto
cá estou de volta
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
cura
Alguém bateu na porta, mas não esperou resposta.
Nas horas quietas e vazias, cresce, preenche todo o espaço.
São sussuros insconscientes, um grito seco no silêncio.
É tristeza repentina, é frieza matutina.
Diferença, inquietude, dedos tortos, boca fina.
Olhos perdidos, procuram superfície.
Onde a saída, onde a vontade transbordante?
Fechando-se a mente, puxando uma corda.
Lembrando-se da guarda, que nunca abandona sua cria.
São lanternas à meia-noite, que iluminam o quarto.
Os olhos acendem-se ao fecharem-se em prece.
Nas horas quietas e vazias, cresce, preenche todo o espaço.
São sussuros insconscientes, um grito seco no silêncio.
É tristeza repentina, é frieza matutina.
Diferença, inquietude, dedos tortos, boca fina.
Olhos perdidos, procuram superfície.
Onde a saída, onde a vontade transbordante?
Fechando-se a mente, puxando uma corda.
Lembrando-se da guarda, que nunca abandona sua cria.
São lanternas à meia-noite, que iluminam o quarto.
Os olhos acendem-se ao fecharem-se em prece.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Ausente
Viver o agora
Sem ansiar o amanhã
Não é não sonhar
É ser sereno
Fazer planos para hoje
E acalmar a semana que vem
Não é ser preguiçoso
É não ser ansioso
Saborear cada momento
Usar lente de aumento
Não é ignorar o redor
É focar-se em precisão
O amanhã parece tentador
Mas só vem depois de hoje
Não tem como pular
São lacunas a serem preenchidas
Foi-se o tempo das cartas
O agora já vira segundos atrás
E um bilhete pode não ser lido
Devorado pela fome do mais
Esperamos sempre por respostas
Acostumamo-nos com o instantâneo
Mas não observamos a corrida do tempo
Não vivemos presente
Ausência de presença
Ausência de paciência
Ausência de intensidade
Ausência do viver.
Sem ansiar o amanhã
Não é não sonhar
É ser sereno
Fazer planos para hoje
E acalmar a semana que vem
Não é ser preguiçoso
É não ser ansioso
Saborear cada momento
Usar lente de aumento
Não é ignorar o redor
É focar-se em precisão
O amanhã parece tentador
Mas só vem depois de hoje
Não tem como pular
São lacunas a serem preenchidas
Foi-se o tempo das cartas
O agora já vira segundos atrás
E um bilhete pode não ser lido
Devorado pela fome do mais
Esperamos sempre por respostas
Acostumamo-nos com o instantâneo
Mas não observamos a corrida do tempo
Não vivemos presente
Ausência de presença
Ausência de paciência
Ausência de intensidade
Ausência do viver.
Assinar:
Postagens (Atom)