sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tempestade

Trovão que aquieta
Ventania que arrepia
Clarão que ergue a cabeça
Chuva que fecha os olhos

Eu gosto de ouvir a tempestade
que se aproxima
que se arma
que se conduz

É um espetáculo:
Soam-se as trovoadas
Abrem-se as cortinas
Apagam-se as luzes de serviço
e acendem-se os raios
os artistas pingam no palco

Espectadores que somos
aguardamos o início
vivemos o durante
aplaudimos o fim

Apreciamos o espetáculo
pois sabemos do porvir.
Pode dar em lua
Pode dar em sol

Esperamos um novo espetáculo
que aguce nossos sentidos
serene nossas emoções
e nos desperte o criar

2 comentários:

  1. ou dança (a platéia) molhada na rua!

    A chuva é (deveria ser) um dos temas universais da poesia... eu adoro.

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