quarta-feira, 31 de março de 2010

Círculo ambulante

Giros pelo mundo
cabeça fora do lugar
giro, giro, giro
até cair de joelhos e vomitar

O mundo é ideal
enquanto giro,
tudo faz sentido
até parar de girar

Chão vira céu
Céu vira outro lugar
Inalcançável,
Embora nos pés

Gravitam o vestido,
os cabelos
Orbitam os olhos,
as mãos

Sangue na ponta dos dedos
Gigantes
Tornozelo em êxtase
Alavanca da maquinaria

Por que gritar?
Som da voz no giro
Por que calar?
Silêncio de tudo no movimento

Por que postar essa "poesia" (e é?)?
Por compartilhar sensações de infância que perpetuam no tempo.

4 comentários:

  1. Nossa, por quê?
    Pra deixar meus olhos brilhantes de ternura e me lembrar de sempre rodar.
    obrigada.

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  2. Poesia coreográfica essa!

    bjs, bom feriado ~

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  3. "roda mundo, roda-gigante
    roda moinho, roda pião!"

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