segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mariamaria

Olhou para baixo e, tão logo, percebeu um botão desabotoado. Imediatamente fez-se corar. Paralisada por alguns um segundo, pareceu uma eternidade, até que rapidamente abotoasse o atrevido botão que resolvera escapar de seu devido lugar.
Olhou para os lados, certificando-se que ninguém percebera o tão embarassante momento que se passara.
São coisas da vida, que acontecem sem explicação.
Riu-se do desespero vivido. Esboçou um singelo sorriso nervoso. Rindo de si mesma.

Anos mais tarde desabotoaria propositalmente, esperando alguém timidamente alertá-la do ocorrido. E então, calmamente olharia para baixo, retornaria o olhar agradecido e, só em seguida, abotoaria o ingênuo botão.

4 comentários:

  1. Belíssimo, sensação gostosa de se passar.
    bjs Minny

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  2. as vezes fica aberto, porque caiu o botão...
    ruim mesmo é se é da calça. Daí é brabera.

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  3. É impressionante imaginar a ideia que fazemos de nós mesmos ao espelho.
    Ou nem pensar mesmo, idealizar um espelho e impressionar aquilo que se diz ideal.

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